quinta-feira, 5 de junho de 2014

Confesso que furtei o "conhecimento silencioso".


"OOOO... AAALLLLDDOOOOOOOOOOOOOO...

O PROBLEMA MAIOR É O MEDO DO DESCONHECIDO. É ELE QUE IMPEDE MOVIMENTOS REAIS NA PERIFERIA DO CORPO LUMINOSO. 
Este medo é mantido por algo que se chama: AUTO-IMPORTÂNCIA.

Confesso que furtei. Com amor e carinho cometi um pecado. 

Confesso que furtei este comentário no http://marecinza.blogspot.com.br/2014/06/o-conhecimento-silencioso.html  ou melhor, esta aula. Não pedi licença nem autorização, então, furtei... né mermo? Confesso. Sou culpado. Foi impossível resistir ao impulso, ia furtar a postagem toda mas, acho melhor vocês lerem tudo lá para poderem me julgar e condenar aqui, depois de toda a leitura. Walfrido e Fada, confesso, sinto muito, me perdoem, vos amo, sou grato.
Walfrido5 de Junho de 2014 às 22:52
Minha querida Fada,
Nossas crenças e convicções, que tem nos sido passadas pelas religiões, principalmente o cristianismo, prendem a maior parte das pessoas que acham já estar em paz com "deus".  
O primeiro passo, para a compreensão do “Quem sou Eu”, é a necessidade de se entender o significado da palavra “Eu”. Ela incorpora o maior erro e também a verdade mais profunda, dependendo da forma de como ela é utilizada. É fácil verificar que ela é usualmente empregada juntamente com palavras correlatas, como “mim”, “meu”, “comigo”, entre outras. No seu uso cotidiano, o “eu” se refere a uma percepção equivocada de quem a pessoa é, um sentido ilusório da identidade. É o que Albert Einstein chamou de “ilusão de óptica da consciência”. A “realidade” do indivíduo passa a ser um reflexo da ilusão original, ou seja, tornando-se a base de todas as más interpretações posteriores do que lhe ocorre realmente, de todos os processos de pensamento, das intenções e dos relacionamentos. 
Para explicar o significado de “ilusão Original”, vamos recorrer aos erros dos ensinamentos cristãos, que afirmam que o estado coletivo normal da humanidade é o do “pecado original”. A palavra “pecado” tem sido mal compreendida ao longo dos séculos. O sentido que tem sido atribuído a ela, provem do latim “peccatum,i” que significa falta, culpa, delito, crime. Entretanto, sabe-se que a palavra bíblia, vem do grego, que era o idioma comum no antigo Império Romano. Seu significado, aliás, é simplesmente “os livros”. O plural é significativo, pois a Bíblia é uma coleção de livros escritos ao longo de um período de mais de mil anos, em situações históricas e culturais muito diferentes, e com uma rica variedade de estilos e linguagens. 
Quanto a palavra “pecado”, se for traduzida de forma literal do grego antigo, idioma no qual o Novo Testamento também foi escrito originalmente, ela significa errar o alvo, como na situação de um arqueiro que falha em atingir seu ponto de mira. Nesse sentido, pecar significa errar o sentido da existência humana, o que corresponde a viver de forma desorientada, cega e, portanto sofrer e causar sofrimento. Essa palavra, portanto, indica um distúrbio inerente à própria condição humana. 
Aprofundando esse conceito, verificamos que ele aponta para uma verdade fundamental dupla:  
A primeira parte, que consiste no aspecto negativo, é a compreensão de que, o estado mental “normal” da grande maioria dos seres humanos, contém um forte elemento, que podemos chamar de distúrbio, disfunção, e até mesmo de loucura. Os antigos ensinamentos orientais, principalmente os “Vedas”, considerados como as mais antigas e sagradas obras sânscritas, representando as “Escrituras Hindus”, são os que mais se aproximam da ideia de que, esse desajuste é uma forma de doença mental coletiva. Eles o chamam de “Mâyâ”, o véu da ilusão. Nesse aspecto a mente é mâyâ. Para a filosofia hindu, apenas aquilo que é imutável e eterno merece o nome de realidade. Tudo aquilo que é mutável, que está sujeito a transformações, que tem princípio e fim, é considerado como mâyâ, ou seja, ilusão.  
A segunda parte ou percepção, é a possibilidade de uma transformação radical de nossa consciência. Caracterizamos essa transformação como um despertar. Se formos capazes de reconhecer a ilusão como tal, ela se dissolverá. Sua sobrevivência depende de nosso erro em considerá-la realidade. Quando compreendermos quem não somos, a realidade do que somos aparece por si mesma. Não é só nossa vontade de mudar, que nos impede a compreensão e a evolução de nossa consciência. 
O mundo é um palco e todos somos atores, com uma hora certa de entrada e saída, num drama desconhecido, dentro do qual desempenhamos muitos papeis. Com a diferença que no teatro, os atores sabem exatamente o que vai acontecer, mas finge que não sabe, e na vida não sabemos o que vai acontecer, mas fingimos que sabemos e podemos aguentar o sofrimento que chega sem aviso. 
Com amor e carinho,
Walfrido.