TERÇA-FEIRA, 3 DE MAIO DE
2016
O QUE
ESCREVER, QUANDO O QUE SE QUER É CHORAR?
feicibuqui
do Francisco Costa
Há o compromisso de
escrever, a vontade de escrever, mas o desânimo bloqueia idéias, trava os
dedos, deixa na impaciência inútil do que espera e sabe que a pessoa amada não
virá.
Toda a
farsa do golpe está desmontada.
Antes
havia uma errônea interpretação, proposital, para justificar um estupro
político, mas depois de ontem, quando o Procurador do Ministério Público junto
ao Tribunal de Contas da União afirmou literalmente que não houve pedaladas em
2015, já não há mais erro de interpretação, mas invenção, calúnia, mentira.
Eduardo
Cunha, diante do qual Marcola e Beira Mar são inocentes escoteiros, continua
dando as cartas políticas, indicando nomes para ministérios, pretendendo ter de
seu, via um laranja, o diretor da Polícia Federal.
Malafaia
ganhará cargo chapa branca, a Universal estará em um dos ministérios, muito
provavelmente o de Ciência e Tecnologia, o que é a negação da ciência,
substituindo os estudos da Genética e da Evolução, que permite o
desenvolvimento de fármacos na guerra contra os micróbios, do melhoramento
genético do gado e dos cultivares, o ataque ao câncer... Pela fábula dos
bonequinhos de barro.
Tudo
começou em 2009, quando a Cia deu cursos de “Direito Político” a uma carreada
de Procuradores do Ministério Público e Juízes de aluguel, introduzindo a
estranha figura de crime lícito e crime ilícito, até então inexistente no nosso
sistema legal.
E o que é
isso?
Os norte
americanos impõem uma política de terror, no Oriente Médio, onde vale tudo por
petróleo, o que exigiu deste Estado terrorista a adaptação das suas leis, para
conviver, dirigir e justificar isso.
Crimes
lícitos são aqueles que justificam o sistema, fortalecendo-o, passando a
funcionar como um fundo de reserva, fortalecendo a posição do criminoso,
politicamente, e que pode eventualmente ser usado se os criminosos ficarem em
situação adversa.
Isto justifica os presos e indiciados na Lava Jato e no STF, como justifica os “não vem ao caso”: Aécio, FHC, Álvaro Dias, Aloysio Nunes, Michel Temer, Eduardo Cunha... E mais todos os fascistas artífices do golpe.
Isto justifica os presos e indiciados na Lava Jato e no STF, como justifica os “não vem ao caso”: Aécio, FHC, Álvaro Dias, Aloysio Nunes, Michel Temer, Eduardo Cunha... E mais todos os fascistas artífices do golpe.
É isto
que justifica as fortunas imensas de sheiks, califas e omãs, no Oriente Médio,
receptadores das migalhas multinacionais, para dominarem sobre povos
miseráveis, para bem recepcionarem os caças do império vomitando a morte.
A outra
arma norte americana, também usada no Oriente Médio, é a mentira e a
manipulação da opinião pública, via mídia.
Bastou
Sadhan Houssein ter arroubos nacionalistas, querer estatizar a exploração, o
refino e a comercialização do petróleo para o mundo ficar sabendo que o Iraque
estava desenvolvendo a produção de armas atômicas de grande poder destrutivo,
armas químicas letais e biológicas, capazes de por em risco toda a humanidade.
Por
mais quem Sadhan e toda a cúpula iraquiana negassem, isso justificou a invasão
norte americana, matando mais de cem mil civis, destruindo toda a economia
daquele país, para constatarem que não havia sequer instalações para pesquisas
de armas nucleares, químicas e biológicas, que não havia cérebros (cientistas)
iraquianos com conhecimentos suficientes para empreender essas pesquisas, mas o
petróleo passou para as mãos das chamadas Sete Irmãs do Petróleo e empreiteiras
norte americanas reconstroem o país, remuneradas pelos royalties que deveriam
atender aos mutilados, órfãos e viúvas da guerra.
No Brasil
usam a mesma tática, criando pedaladas inexistentes em 2015, depositando
fortunas na reputação de Lula, apontando ditaduras comunistas, bolivarianas e
babaquices que tais, alimentando um povo propositalmente iletrado e pronto para
ser dominado.
Para
exercer o poder local, mantendo os povos nas correntes da alienação, do
comodismo, da apatia, servem-se, lá, das lideranças fundamentalistas
religiosas, racistas, xenófobas, misóginas... Em fanatismo tanto que capaz de
justificar massacres de “infiéis”, por degola ou tiros, ou de suicídios,
transformando seres humanos em homens bombas, em nome de Alá, leia-se Exxon,
Shell, Chevron...
Aqui o
golpe fará de miúdos vermes intelectuais, malafaias, felicianos, cunhas,
maltas... Pastores de um infeliz rebanho doando trabalho, sangue e dízimos, em
nome de Jesus, leia-se Exxon, Shell, Chevron...
Lá um
Talibã consolidado, aqui, um Cristalibã consolidando-se, variações de uma mesma
barbárie.
Mas resta
um consolo: rigorosamente não há um só inimigo do império que não tenha sido
fabricado por ele, nenhuma liderança inimiga que não tenha sido cúmplice,
serviçal da Cia, a começar por Sadhan e Bin Laden.
Os
sistemas trazem em si as forças que o destruirão, é a lei natural, que o diga o
velho barbudo.
Passei a
juventude resistindo a uma ditadura americanófila e agora, já no usufruto da
terceira idade, quando me imaginei morrendo com um bom livro nas mãos, ameno,
para conforto, ou científico, para atender a minha infinita curiosidade, talvez
na estufa, entre folhas e flores, no atelier, brincando com azuis e amarelos,
na construção dos verdes, quem sabe cometendo mais um conto ou um poema,
surpreendo-me na trincheira, ainda que virtual, reagindo não mais a uma
ditadura de americanófilos, mas de norte americanos casualmente nascidos aqui,
cometendo o desplante de se dizerem brasileiros.
Justo
quando me pensei um velhinho lúdico e brincalhão obrigaram-me ao ódio novamente.
Que assim
seja!
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Não seja indelicado, não seja belicoso, não seja desumano, não seja inumano, use seu coração amoroso e as palavras lúcidas surgirão da paz de sua divina e perfeita pessoa iluminando infinitos mundos.